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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Testamento

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Quando o dia em que meu sono tornar-se eterno, não quero lágrimas, quero sorrisos. Quero uma festa  magnífica com bebidas, música alta, balões, fotos e diversão. Quero lembrar do gosto de ser feliz, fazendo-os feliz. Quero doar meus órgãos, doar meu dinheiro a quem precisa. Quero ser uma defunta solidária. Quero virar cinzas - se possível, rosa, obrigada - e quero ser jogada ao vento para que eu continue viajando o mundo e conhecendo o que ainda não pude ver. Quero ser uma defunta viajadora.  E, finalmente, quando morrer, só quero que sintam saudades de quem eu fui durante os anos, da sinceridade com a qual usei a palavra, da bondade que julgo existir, da rudeza que fez parte do meu ser como uma casca, do riso fácil e bobo, da terrível maneira de querer teimar sem, nem sempre, ter muita razão...  Just to remember me by. Elis Regina, 2016.

Honestidade

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Há um tempo que venho afirmando: sou honesta, completamente honesta com meus sentimentos.  Bem, nem sempre foi assim. Eu os escondia de mim e alegava estar tudo bem. Nem os queria sentir. Leva um tempo para admitir seus sentimentos e mais tempo ainda para aceitá-los e ser honesta consigo mesma. Hoje sou honesta. Admito, na luz do dia, que amo, odeio, gosto, desgosto, quero, não quero e admito para quem precisa ouvir. Consegui ser honesta comigo e, de quebra, com os outros. Não preciso mentir, fingir ou não demonstrar. Aprendi o primeiro passo: honestidade consigo mesma. Ainda estou descobrindo o segundo. Elis Regina, 2016.

Escada

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E quando eu achei que não dava para cair um pouco mais fundo no poço da amargura, vem você e me  surpreende mais um pouco. Mas sabe o que? Obrigada! Obrigada por me mostrar que o tempo todo tomei a decisão certa, pena que só agora me dei conta disso. Obrigada: você foi mais um degrau na minha subida e agora que já passei, não pretendo mais descer. Elis Regina, 2015.

Parece

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Você diz que sou incrível por gostar de pokemón, Game of Thrones, Star Wars, séries, universo HQ,  hobbits e elfos - e quem não? o.o Você diz que ama meu sorriso e, constantemente, me faz sorrir de suas piadas sem graça e seu jeito meio geek. Você me faz subir o viaduto, me faz passar frio e faz com que parecemos indigentes loucos prontos a se jogar a ponto de a polícia dar uma passadinha só para checar - de leve. Você parece ser honesto e verdadeiro comigo quando conversa sério - né -  e ri de qualquer coisa boba que possa ter surgido. Você, parece que era você. Elis Regina, 2016.

Migalhas

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E lá está ela, mais uma vez, repetiu o erro. Ah...mas que erro bom. Como é fácil se perder entre seus  braços e abraços, seus músculos definidos, seus beijos em sua boca que ela conhece bem, suas carícias e suas palavras doces. E lá está ela, mais uma vez, chorando ao relento, sem ninguém para amparar. Diz que ninguém a entende, mas nem ela consegue se entender. E lá está ela, mais uma vez, se culpando por ser fraca, por ouvir dos amigos "tome jeito", por não conseguir se livrar das amarras do passado, das migalhas do seu amor. E lá está ela, mais uma vez, repetiu o erro. E agora vai erguer a cabeça, seguir em frente e evitar que outras armadilhas a prenda na miséria de amor que hoje recebe. E lá está ela, e vai continuar vivendo. Elis Regina, 2016.  

Outros

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Dizem que existe uma vida lá fora, que ela importa, que não vai caber no seu currículo vitae ou no seu lattes. Dizem que português e matemática são importantes, que física e biologia são essenciais e que vivência é experiência. Dizem que paixões vem e vão, que algumas transas marcarão e que com o tempo tudo passará. Dizem que há amores que são para sempre, há os amores impossíveis, platônicos, passageiros ( e eu já me apaixonei umas sete vezes enquanto escrevia)... Dizem que haverão outros, outros meninos, outros homens, outras oportunidades, outros momentos. Dizem... Elis Regina, 2016. 

Paixão

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Ah e eu me apaixono de novo. E de novo. De novo. E de novo. De novo. E de novo. De novo. E de novo. De novo. E de novo. De novo. E de novo. De novo. E de novo. De novo. E de novo. De novo... É... me apaixono a cada respirar, por cada brisa que balança meu cabelo, por um pôr do sol após uma chuva de verão, pelo sol que doura minha pele. Me apaixono por cada pássaro que voa em minha volta, por cada refeição que maestricamente preparo, por cada gota de água que lava meu corpo e minha alma.  Me apaixono por cada ligação carinhosa, por cada palavra que foge com a intenção de distribuir amor, por cada timbre e nota de uma música sincera que toca no rádio. Me apaixono por cada preocupação, por cada minuto de precioso sono nas tardes preguiçosas de domingo, por cada queda que me serve de inspiração. Me apaixono por cada pessoa que conheço, por cada atitude sua, por cada aspecto físico seu, por cada olhar sincero. Ah...e o que posso...

Minha fonte de inspiração

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Até quando tudo parece dar errado, as palavras me veem aos dedos e transformo-as em sentimentos  leíves.  Yep, minha deusa:  Quando brigamos, escrevo mais. Elis Regina, 2016.