Ivete.
Não sou de escrever demais, meus textos costumam ser curtos
pela simples falta de vontade de ter que explicá-los para alguém. Isso me
cansa. Mas hoje, algo entrou em meu coração e bateu forte. Não, não tenho esse
costume, pelo contrário, evito todo e qualquer sentimento que não seja
conveniente a mim. Mas, inevitavelmente, tem coisas que teimam em retornar. Não
que eu faça questão e nem que eu queira, porém, é simplesmente o ato do passado
no presente.
Abalou? Claro. Me desmontou? Não. Hoje amadureci mil vezes
mais do que era uma época, me tornei independente e (quase) auto-suficiente.
Mas não sei porque isso me incomodou. Será que foi pelos segredos trocados na
surdina que vieram à tona para quem bem quisesse ler? Será que foi pelas frases
que revelam sentimentos enterrados? Não sei. Só sei que abalou. E não abalou
estilo Ivete Sangalo.
Elis Regina, 2015.
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