23
23...22...21...19...17...15...................números que marcaram minha vida. Lembro do 22 porque uma vez eu adotei vários filhotes de pombas caídas no quintal ou jardim de casa ou na praça de minha cidade. E o nome delas era referente ao dia em que eu as encontrava. Sempre quis poder revê-las, mas pombas não são como cães, não podemos atá-las a uma coleira, até porque seria estranho, ou ainda engaiola-las e esperar que tudo ficasse bem. Com muita dedicação eu as cuidava, tratava com arroz que eu mesma cozinhava (provavelmente a primeira comida séria que "aprendi" a cozinhar) e dedicava meu tempo àquelas aves. Foram duas, três, quatro pombinhas...não recordo bem, mas tenho as fotos. Lembro das pombas e as comparo com as pessoas. Não há como prendê-las, como amarrá-las, há apenas como amá-las e esperar que esse amor retorne para você, talvez de maneira estranha e adversa ou talvez nem retorne. Com o número 23, coleciono meu vigésimo terceiro inverno....