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Mostrando postagens de 2017

Texto de Segunda #31

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"O melhor de sair do seu cantinho, é poder interagir com outras pessoas.  Sair do lugar o qual te taxaram ou é esperado que você cumpra.  Sair do lugar é não esperar nada de outras pessoas pelo simples fato de não ter nada com o que esperar. Sair do lugar é fugir de si mesmo, ter uma paz para quem você é, realmente, no convívio semanal.  Sair do lugar é conhecer, é gostar, é aprender a conviver.  Mas o bom de sair do lugar é não ficar muito tempo.  Do contrário, aquela melação, obrigação e esperanças voltam e você volta a ser quem você não quer. Sair do lugar...talvez eu tenha que sair do meu lugar." E lis (old times Elis)

Texto de Segunda #26

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Como ser único. Com essas brincadeiras, você começa a se questionar quais são as minhas verdades que poucos sabem, quais são as mentiras que eles não conhecem, será que eles me conhecem bem? E se eles não me conhecerem bem? Não conhecerem meu íntimo? O que realmente amo? O que me faz ser eu? E se nem eu me conhecer? Gosto de comida, de pizza, brigadeiro, chocolate, fondue e mil outras comidas, especialmente as doces, mas isso não é único. Mais da metade da população também gosta. Talvez gostar de algo estranho como chocolate com beterraba.  Gosto de amar minha família, meus amigos e meu namorado, mas se você não gostasse, você seria um psicótico talvez, um maníaco do parque... Gostar de animais e de livros também é muito geral... O que eu gosto? Será que ninguém me conheceu por trás das minhas barreiras? Ninguém sabe que gosto do toque dos dedos na pele ou que brinquem suavemente com meu cabelo? Gosto de músicas velhas, em especial MPB e amo a pl...

Texto de Segunda #29

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It happened again. Por quê? Vira e mexe é esse mesmo sentimento... Vazio, vazio e mais nada. Não sei porquê. Why does it continue to happen with me? Talvez eu que queira. talvez eu que não saiba. Não saiba dizer. Nada como Lúcio, nada como Lúcio. Elis Regina, 2017.

Texto de Segunda #30

Como afastar um sentimento ruim. Coloque sua série favorita na TV Abrace bem forte seu cachorrinho ou gatinho Faça um café ou chocolate quente bem quentinho e docinho Se enrole na melhor coberta Procure um chocolate esquecido em uma gaveta antiga (esquecido é que vai ser difícil) Se desligue do mundo por alguns instantes E reflita, enquanto passa a série na TV...ou não Por qual razão se sente assim? Descobriu? Faça algo a respeito. Não descobriu? Faça o ritual novamente. Elis Regina, 2017.

Texto de Segunda #25

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The perks Aceitei. Com medo, mas aceitei. Fui, sem saber o que me esperaria. E silêncio. Não houve resposta. Houve choro. Muito choro. E houve gritos. Muitos gritos. E músicas. Depois de um mês, seus bracinhos gordinhos já me recebiam felizes. Seu olhos já não continham água excessiva. Sua garganta já não reservava mais um desabafo. Tudo era receptivo. E a percepção da sua compreensão já dava pequenos passinhos miúdos. "Blue? There" "Mommy? Yes" "Hello. Bye-bye." Ah...what a joy! Que deleite poder estar com vocês e repassar um pouco do que sei. Elis Regina, 2017.

Texto de Segunda #23

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Eu tive um sonho branco... Sem imagens, sem pessoas... Sem ações, sem emoções... Apenas branco. Branco na sua pureza que me trouxe paz. Uma paz que eu não tive há algumas horas atrás Quando tua voz ecoando em meus ouvidos Só branco. E, novamente, o ciclo doentio se inicia. Elis Regina, 2017.

Texto de Segunda #28

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E depois de tanto tempo De tanto questionamento De tanto medo Acordar ao seu lado é legen-wait for it- dary Toda compreensão Carinho Paciência Palavra de afeto E tentativas de remediar as fezes da vida Fiquei pensando em como agradecer Pela mudança na vida Por me mostrar como é o sentimento familiar Como é ser querido pelos outros e reconhecer isso Como tentar ser melhor, sempre E como tentar melhorar o outro é ainda melhor Como agradecer por ter a paciência que poucos tem E me acalentar quando parece não existir mais fé Agradecer pelas lições dadas e recebidas Pela aceitação um do outro, do jeito que se é Como agradecer... Os pedaços as vezes parecem não se encaixar E as palavras começam a ser mais afiadas Sentimentos ruins nos levam a bad places Mas sempre fomos capazes de resgatar um ao outro. Mesmo distante. Como agradecer pelas noites mal dormidas Pelas brigas infinitas, pelas saídas desastrosas Pela falta ...

Texto de Segunda #27

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Errando toda a sequência numérica. Um ano faz. Um ano da decisão mais conturbada que podia ter tomado. Foi tudo doido, foi tudo estranho. A gente tava bem, mas não tava. Eu não tava bem. E fomos caminhando como crianças ao aprender os pequeninos passos com tombos e mais tombos alguns passos em falso. O pé mais firme traz a sensação de confiança de que pode-se andar em conjunto Um ano depois e sinto que não podia ter decido melhor. Sabemos que não somos a princesa e príncipe da Disney. Também sabemos que nossa caminhada ainda dá muitos tombos  (e provavelmente ainda dará mil outros) Mas sei que contigo estou bem. Ao deitar no chão da sala para ver um filme velho Ao comer porcaria fugindo da dieta Ao levar num jantar especial e comer formiga Ao presentear sem ter muito uma data especial E sim por estar bem ao seu lado Ao aprender que ainda posso conhecer a melhor versão de mim E a melhor versão de você. Happy 1! ...

Texto de Segunda #21

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Já não brigo mais. Nem discuto. Não faço muito caso. Guardo aqui dentro. Externo pouco que é pra não me magoar. Um pocinho de desejos Que não há desejos Há decepções. E ele tá quase cheio, O que acontece quando transbordar? Elis Regina, 2017.

Texto de Segunda #20

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E, finalmente, todos vão te decepcionar... Não há exceções... Todos. Sabe aquele velho ditado Não crie expectativas, crie porcos? To começando a acreditar cada dia mais nele. Elis Regina, 2017. "We've cut the skin to watch it bleed, but underneath This is killing me"

Texto de Segunda #19

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Conversas jogadas fora... Tantas palavras ditas em vão. Tantas brigas que poderiam não ter acontecido. Tanta dor poupada. Tanta mágoa. (Você errou! Você é errada!) Por que isso? O tempo todo... É um constante lembrete - - Como se quisesse uma faixa na entrada da minha porta sempre me lembrando Ou então uma tatuagem em minha testa: Você errou! Você é errada! Não basta a própria consciência que temos E os outros a fora Mas quem mais confiamos Você errou! Você é errada! Como um eco, um grito, Uma dor sem fim VOCÊ ERROU! VOCÊ É ERRADA! NÃO SUPERE!! J A M A I S Elis Regina, 2017.

Texto de Segunda #17

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The Reveal Já faz tempo que deveria ter aberto meu coração. Ter escrito sobre isso de maneira sensata. Eu apenas não podia. Não conseguia encontrar meios de ser racional no meio de tudo isso. Tomei decisões equívocas. Me arrependi de muita coisa depois. Mas o que talvez você ainda não compreenda é que o que você fez não foi uma traição. Eu me senti ferida, desnuda e completamente errada. Minha vida toda jogada no ralo. Foi isso o que você fez. Finalmente eu tinha o sentimento: Uma ... para chamar de minha! Só minha! Que partilha das minhas loucuras, das minhas indecisões e compreende meus erros, minhas falhas, porque ela também, ela era assim. E foi isso o que me doeu. Não foi nada mais. Talvez possa ter transparecido, mas não. Sentir a tua perda, foi muito pior. Sentir a perda de confiança, foi muito pior. Porque você sabia de tudo, não sabia? E só hoje, finalmente, eu consigo fazer as pazes com meu passado. ...

Texto de Segunda #16

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Sobre 13 reasons why Comecei a assistir e nesse momento em que escrevo, ainda não terminei. Por isso, no spoilers. Não sei como, nem sei bem porquê. Mas o enredo é tão eu... Passei por fases como a protagonista. Fui assediada, minha intimidade invadida E as pessoas ao meu redor nunca perceberam. Nunca perceberam o que faziam. Nunca perceberam como isso me deixava. E em momentos, também não via saída. A vida era dor. Estar vivo não era alegria, não era motivo de querer superar. Ter que enfrentar as barreiras que diariamente se colocavam a minha frente,  era uma tragédia. Eu não queria. Queria dormir como se não houvesse dia seguinte. Não, não era simples sono. Era algo maior. Era a pura impossibilidade, a incapacidade de querer fazer algo que não incluísse meu corpo em repouso. Percebem a dificuldade?  Assumi. Mudei. Precisei mudar. Elis Regina,...

Texto de Segunda #15

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Questionamentos sobre a vida A gente estuda, trabalha Estuda, trabalha Trabalha, estuda Muito! O tempo todo praticamente. E eu me questiono, o tempo todo praticamente: Por quê? Os seres vivos só estão ali naquela lufada de ar Naquele momento do tempo Não são como os deteriorados, folhados e bem usados Com que trabalho Com que estudo Sacrificar momentos com eles É sacrificar um momento de vida Não me entenda mal. Amo o que faço. Amo o que estudo. Sou apaixonada pelas letras pelos livros pelas descobertas Mas também sou apaixonada pela vida Pela família Pelos amigos. E a impossibilidade de estar em dois, três lugares permanece. Ah! Por quê? Elis Regina, 2017.

Texto de Segunda #14

E ouvi sobre a morte dele, fez refletir. Organizar a casa e falecer. Nada mais importa. Sua mulher não te importa. Seus filhos não te importam. Sua família não te importa. Mais. Talvez tivessem importado um dia. Como quando seu pai morreu em um trágico acidente No qual até hoje não se tem certezas. Como quando sua família precisou de apoio e não tinha mais ninguém a recorrer. Mas escolhas erradas nos levam a lugares ruins. A pensamentos ruins. A estados mentais e físicos ruins. Ouve-se muito. Fala-se muito. E nada se sabe. Faleci. E meu tapete está intacto. Elis Regina, 2017.

Texto de Segunda #12

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Eu que nunca gostei muito do silêncio Eu que nunca gostei tanto da solidão Hoje, me acostumei. Me acostumei com a tua ausência Me acostumei com tua falta Me acostumei a ficar sem teus beijos, sem teus abraços carinhosos Me acostumei a ver apenas um reflexo seu A pequenas sobras A poucas palavras A sentimentos longíquos A partidas e reencontros dolorosos A tua falta hoje faz. E eu não queria. Elis Regina, 2017.

Texto de Segunda #11

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A necessidade de ser bem sucedido na casa dos 20. Ouve-se muito da necessidade de conquistarmos o mundo, de termos nosso salário (e um bom salário), uma casa ou um apartamento para chamarmos de nosso e um carro pago. Também de um diploma em mãos e mais de 2 línguas fluentes. Ouve-se muito das mil dicas para um futuro de sucesso, um profissional bem preparado. E mais, da família que devemos construir, dos filhos e de como educá-los e dos ideais que devemos seguir. Essa necessidade de ser tudo isso com uma idade tão tenra, me deixa estupefata. Aonde está o momento na casa dos 20 onde posso errar e aprender com meus erros? Em que posso desfrutar os bons momentos que ocorrem no ali e no agora sem ter que esperar uma aposentadoria gorda que terei devido aos planos de uma previdência privada que paguei? Aonde posso sair e festejar a noite toda sem me preocupar com o falatório do dia seguinte? Aonde posso desistir de um curso ou de uma opção sem ser julgada e questionada com ar de ...

Texto de Segunda #13

20 poucos e mais... Que pressa. Quanta necessidade. O tempo todo. Sucesso! Você precisa ter sucesso! Dinheiro! Você precisa fazer dinheiro! Quanta necessidade. A cobrança de uma idade em uma geração. Essa é a idade do sucesso. Essa é a idade de fazer dinheiro. Por quê? E se eu não fizer? E se eu fracassar? E mais importante, e se eu não quiser? Elis Regina, 2017.

Texto de Segunda #10

Era uma vez, uma linda amizade entre dois bonitos meninos. Um deles era bobo e maléfico. O outro, usurpador. A linda amizade se desfez. O usurpador serviu ao seu prazer. O bobo e maléfico planejou sua vingança. Acabou-se a boa situação e o usurpador se sumiu, escafedeu. E o bobo e maléfico aprendeu a lição. Elis Regina, 2016.

Texto de Segunda #09

E lá vai você. Fechando a porta novamente em minha cara. Me deixando sozinha e dizendo: "tchau" Ah! que dor incessante. Não saber que horas volta. Não saber o que fazer. Como descontroladamente. Estrago tudo que posso. Não durmo, não descanso. Passo os minutos chorando a tua última visão. Sinto frio e o coberto já não me esquenta. Sinto medo e teu último afago já não me lembra. Ah! que dor. Mas, espere, ouça lá: Chave na porta, girando. Maçaneta a se abrir.  E logo você chegou novamente. Mas que alegria, você voltou. Meus pulos altos são de alegria, meu andar atabalhoado é de saudades. "Olá meu amor, cheguei! Vamos passear?" Elis Regina, 2017. 

Texto de Segunda #08

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It hurts. It hurts so much that I can't say how does it make me feel. I have no words. I feel lonely, like I don't even matter to anyone else. I feel like undesirable person. I just want to be happy, and be happy is the last thing that I can be. I would like to be like Lily Aldrin and Marshall but I just can't. I try, but it hurts. Maybe I can't trust anyone else. Maybe I am not what you expect from me. Maybe I was born for just only one reason: to make other people good/bad. I don't know why it hurts so much. Is it because I don't believe in words? Or is it because I don't believe myself? I don't know. I just know that being make me so bad, so felt apart, all the time. I wonder if that is really true, that's really for me. If I deserve anything like this. How can I be better with people? Expecting nothing from them? Sometimes I just want to be dead. Elis Regina, 2016. 

Texto de Segunda #07

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Jesus, eu sou o Gregor. Passo os dias. Rapidamente. Vendo, mas sem notar. Estou lá, mas não estou.  Agenda cheia, compromissos pela metade. Time flies. Tempo já não é mais bonzinho. Enquanto giro como uma engrenagem, o mundo gira também. E começa tudo de novo. Rapidamente. Vendo, mas sem notar. Estando, mas sem estar. Querendo, sem querer. Numa repetição infinita de insatisfação.  Faço tudo, mas não faço. Estou, mas não estive. Lembro, mas já esqueci. Enquanto giro como uma engrenagem, o mundo gira também. E o pesadelo se torna a própria realidade.  Realidade. Real. Idade. E a engrenagem do sistema um dia quebra. E tudo acaba. Elis Regina, 2015. 

Texto de Segunda #05

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Pixels de você. A distância traz saudade. A saudade nos deixa solitários. E a solidão se torna nossa amiga. Nesse meio, nos resta abraçar a tecnologia e seus confortos. As redes sociais que pregam falsidades e um mundo de ganância e cobiça a vista de todos. As séries e filmes que nos divertem e as músicas que nos distraem. Os livros de difícil compreensão e os romances água com açúcar que nos enojam. O ar condicionado, o celular, a televisão, uma ligação. Uma ligação de vídeo é tudo que conseguimos durante semanas. Pixels de você distorcidos e distantes me lembram. Pixels de uma vida borrada na espera de acontecer. Pixels de alegrias como a manobra ousada da cadelinha. Pixels de tristezas, pixels de sermões. Enquanto cada um persegue o destino e o sonho que almeja, os pixels são os que nos trazem mais próximos. Vidas distantes. Coração saudoso de um afago familiar. Elis Regina, 2017.

Texto de Segunda #06

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Bibelô 1600 Não sou. Elis Regina, 2017.

Texto de Segunda #04

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Cortando o cordão umbilical Temos fases. As mais diversas. A minha acabou. Foram anos de muito aprendizado e de muito conhecimento. Conhecimento pessoal e profissional. Muita paciência. Muito carinho para com o próximo. Muito amor ao ver um sorriso estampado em um rosto pequenino ao receber um simples bombom. Mas essa fase acabou. Há momentos em que precisamos de distância. Afastamento. Não que o carinho, paciência, amor, aprendizado e conhecimento tenham se ido. Jamais. Apenas chegou a hora de buscar em outros lugares. Em outros recantos. Talvez nunca tenha sido realmente uma fase. Na verdade, é algo que carrego comigo. É aquele famoso amor que nunca vai embora, o tal do primeiro. É aquela famosa chama que arde sem se ver, pois é isso que me movimenta. Ser apaixonado pelos instantes em que posso fazer o outro, que se quer me conhece, feliz. Me despeço temporariamente desta família que me impulsionou e me ensinou tanto para galgar novos desafi...

Texto de Segunda #03

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Dor. Pressa. Lágrimas. Os dias passam. Rápido. Demais. E o que eu queria realmente fazer Não dá. Se vai. Acabou. Dor. Pressa. Lágrimas. Tudo começa de novo. Num loop infinito de insatisfação. Em momentos que só se pode dizer: Não dá mais, Não aguento mais. E vem Dor. Lágrimas. Dor. Elis Regina, 2016.

Texto de Segunda #01

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E a voluptuosidade dos nossos corpos se entrelaçam. Se abraçam, se ardem. Transpassa as paredes, a barreira do som e deixa que ouçam. O lençol bagunçado, brincadeiras a parte. Abraço apertado, mãos pressas ao movimento. Carinho, carinho, carinho. Palavras de baixo calão ditas ao pé do ouvido Vociferadas ao vento Apertos de mão, de braços, de pernas. Móvel a se arrastar Carinho, carinho, carinho. Pernas a se movimentarem,  ora lentas, ora rápidas Com carinho, se enlaçam, desenlaçam, brincam Até o momento em que tudo parece findar. Carinho, carinho, carinho. Abraço, beijo, carinho. Amor. Suor. Risos. Água. Carinho. É amor. Elis Regina, 2016 .