Texto de Segunda #26

3 passos básicos.
Como ser único.



Com essas brincadeiras, você começa a se questionar quais são as minhas verdades que poucos sabem, quais são as mentiras que eles não conhecem, será que eles me conhecem bem?

E se eles não me conhecerem bem?
Não conhecerem meu íntimo? O que realmente amo? O que me faz ser eu?

E se nem eu me conhecer?

Gosto de comida, de pizza, brigadeiro, chocolate, fondue e mil outras comidas, especialmente as doces, mas isso não é único. Mais da metade da população também gosta. Talvez gostar de algo estranho como chocolate com beterraba. 

Gosto de amar minha família, meus amigos e meu namorado, mas se você não gostasse, você seria um psicótico talvez, um maníaco do parque...
Gostar de animais e de livros também é muito geral... O que eu gosto?
Será que ninguém me conheceu por trás das minhas barreiras?

Ninguém sabe que gosto do toque dos dedos na pele ou que brinquem suavemente com meu cabelo?
Gosto de músicas velhas, em especial MPB e amo a playlist Desplugado.
Gosto da minha solidão, mas também gosto da presença de meus amigos.

Gosto sobretudo da minha rotina e quando tudo se acerta.
Gosto quando meus boletos podem ser pagos facilmente, sem nenhum malabarismo.
Gosto quando você chega, mas também gosto quando vai (apesar de machucar).
Gosto ainda mais quando você fica.

Gosto de imaginar o futuro e de planejá-la (apesar de minha psicóloga dizer inúmeras vezes para que eu não o faça)
Gosto de falar em inglês, gosto de ensinar em inglês, gosto de viver num sonho londrino.
Gosto de animação e sempre choro com filmes de desenho.

Tenho uma paixão íntima (nem tão) por RBD e One Direction, cuja quais ainda canto
Amo escutar Mamonas Assassinas no carro e me sentir a maior playbozona da rua (vestindo uma jaquetona de couro)
Gosto de Skid Row.

Amo literatura, sobretudo, todo livro que me desafia que me leva além.
Amo Lúcio Cardoso pelo ser humano, autor,  que foi e que me identifico em diversos momentos.
Amo me desafiar, me fazer descobrir do que sou ou não capaz.

Amo ter a certeza de um amanhã seguro.
Amo saber que não preciso ter medo de mim e dos outros (o que nem sempre se verifica).
Amo ter um tempo só pra mim, pra ser eu mesma.

Amo usar pijama, mas acima de tudo, de ficar sem roupas íntimas (prisão da sociedade feminina)...

Mas afinal, o que eu amo que me faz especial? Que me faz única?
Será que não há um detalhe?
Seria o conjunto da obra?

Seria amar o fato de querer saber e de fato não saber de maneira alguma?

Elis Regina, 2017.


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