De início, era um gato qualquer, deitado na calçada. Poderia imaginar que estava dormindo em um horário incomum. Sua pelugem estava intacta e, ao longe, nada indicava a sua morte. Com barulhos e pessoas passando, o gato não levantava e sua boca entre-aberta saia sangue. No segundo dia, seu corpo ainda estava lá, jogado na calçada. Os pedestres começavam a desviar, sem meramente olhar ao pequeno corpo daquele gato. Algumas moças, ao ver o corpinho do gatinho insistiam em soltar gritinhos agudos toda vez que o viam, como se fosse uma aberração. No terceiro dia, seu corpo ainda estava lá, assim como no quarto, no quinto e no sexto dia, sem qualquer alteração além da putrefação de sua carne. No sétimo, oitavo e nono dia uma chuva torrencial lavou a cidade e, o corpo do gato, exposto a toda chuva e vento, rolou alguns metros para baixo, deixando parte de seus pelos para trás, revelando a pele do animal. Mais alguns dias se passaram e o gato ainda lá. Agora suas entranh...