Mulheres na balada!
É incrível que a mulher tenha batalhado durante anos e anos
para conquistar parte dos direitos que os homens sempre desfrutaram. É incrível
que em pleno 2015 a mulher ainda tenha que aguentar e ouvir tanta coisa
machista e ficar em silêncio. Em silêncio, porque se for discutir é feminista,
não sabe discutir. Algo interessantíssimo é que homens podem sair, ir e vir,
olhar (comer com os olhos) as mulheres que passam, cutucar, indicar, passar a
mão... E mais interessante ainda é quando a mulher fala alto e claramente NÃO!
POR FAVOR, SAIA. OBRIGADA! e não é compreendida.
E ao mesmo tempo em que você, mulher, ainda pede por favor,
aquela criatura, que já deve ter consumido todo o álcool do bar, não sai. Você,
então, se sente obrigada a sair daquele ambiente para que você não seja assediada
mais do que já foi, para que você não enfrente problemas depois.
A mulher não pode sair em um grupo de amigas na balada
sozinhas, não pode dançar sertanejo, funk ou o que seja do jeito que quiser,
não pode beber muito álcool e não pode fazer fiasco. O problema é que se a
mulher quiser fazer tudo isso, homens: respeitem. Não é porque estamos sozinhas
na balada que somos mal amadas, mal comidas ou estamos querendo dar para o
primeiro que passar a mão em nossa cintura. Muitas vezes, só saímos de casa
pelo simples fato de querermos nos divertir e não arrumar uma transa.
Quando uma mulher quiser algo com algum homem, tenham
certeza, vocês, homens, saberão. Agora quando a mulher olha no fundo dos teus
olhos e fala bem alto: não! Respeitem. E outra coisa: não importa quanta bebida
você tenha em seu sangue na altura do campeonato em que você, homem, for fazer
uma asneira dessa com alguma mulher. Se não sabe beber, não bebe. Se não sabe
brincar, não desce pro play. Beijas de luz de quem não aguenta mais silly men.
Todos os direitos são reservados a minha própria opinião. Se
não gosta, não precisa mais ler. ;)
Elis Regina, 2015.
Elis Regina, 2015.
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